Lost: teoria da retardatária

Só hoje assisti ao capítulo final de Lost. Me emocionei bastante com ele, mas assim que acabou, minha primeira sensação foi: não entendi e não gostei.

Eu e marido tivemos visões bem diferentes do final. Pra ele (minoria), todos estavam mortos na ilha. That's not the point, though. Depois de ler e entender um pouco mais, passei a desgostar menos do final, mas pra mim, embora todos estejam juntos com carinha de fim de novela, não foi um happy end. Um reencontro somente após a morte é algo muito triste. Talvez por isso os autores tenham nos poupado do que foi a vida de Kate, James, Miles e Claire após deixarem a ilha.

Ao contrário do que li na maioria dos blogs por ali, eu gostei muito dos flash-sideways. Agora, de fato, é muito confuso tentar compreendê-lo, uma vez que isto não pode ser feito pelo prisma de nenhuma religião específica... Purgatório, limbo, reencarnação? Um pouco de cada. Talvez apenas uma segunda chance, como naquele filme "Um Homem de Família". Uma oportunidade de fazer novas escolhas sem fugir de sua essência. Essa foi a leitura que fiz: uma espécie de reencarnação, no mesmo corpo (lembrando que se trata de um desfecho sincrético), nas mesmas circunstâncias e com a governância do livre arbítrio, que permite a cada um reescrever a sua história. Mas no fim, they were all connected.

É o avesso daquela música:

I'm not calling for a second chance
I'm screaming at the top of my voice
Give me reason, but don't give me choice
Or I'll just make the same mistakes again...