domingo, 29 de maio de 2011

Quando eu expressava o meu desejo por um parto normal, as pessoas me chamavam de corajosa. Eu sabia que provavelmente seria um processo doloroso, mas que a dor provavelmente cessaria junto com a enorme emoção de ter minha bebê nos braços.

Por outro lado, estava preparada para a eventual necessidade de uma cesárea. Embora até hoje eu não esteja 100% convicta de que no meu caso ela era mesmo necessária, entendi que era recomendável. Luíza estava muito grande e com 40 semanas ainda não havia encaixado (apesar da posição  boa).

Fui para o centro cirúrgico morrendo de medo. Felizmente, deu tudo certo. Mas, realmente, cirurgia não é uma coisa de Deus. O pós operatório é horrível, não dá nem para dormir de lado. Em alguns momentos a sensação é de total impotência, e olhe que eu até tive uma boa recuperação!

Hoje, 15 dias depois, ainda sinto algumas dores, não posso dirigir, ficar me abaixando etc. Fora o coquetel de antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos... Um saquinho!

Não consigo me conformar com nossos médicos do sistema privado de saúde que querem fazer da cesárea a regra e não a exceção!

4 comentários:

  1. Ai, achava que eu era a única que pensava assim, aff dá raiva viu, eu queria normal tb, vamos ver quando chegar minha vez... hunf

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  2. Loma,

    Nunca fui 100% nada, nem natural ne cesárea. Eu não sabia o que Deus me reservava. Sempre pensei nos beneficios do PN e pensava no "conforto" do PC.

    Hoje eu não tenho escolha: Uma gestação gemelar já é por si só arriscada e eu teimar em ter um PN pode trazer danos para meus filhos. Daí já estou tranquila com relação ao PC.

    Acho que cada caso é um caso. Há 26 anos atrás, minha mãe me teve de PN com fórceps, porque o GO achou que esse era o certo, o natural e forçou meu nascimento por via vafinal. Resultado? Minha mãe teve uma lasceração enorme, uma episiotomia que infeccionou e tudo que eu mamei foram 22 dias, porque a dor que ela sentia ao sentar para me amamentar fez "secar" o leite.

    O que não acho legal é super valorizar o PN em relação ao PC. Isso gera um sentimento de inferioridade em quem não consegue ou não pode fazer um PN.

    Mas que para os médicos é mto mais confortável fazer um PC, isso não resta dúvidas.

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  3. Eu queria tanto um parto normal... mas numa consulta de rotina veio o diagnóstico de um possível sofrimento fetal e eu fui pra faca no mesmo dia. O que eu descobri no parto foi que Alice tinha conseguido dar um nó no cordão umbilical (!!). Segundo a médica, num parto normal o nó seria apertado e a chance de algo bem ruim acontecer seria grande.

    Eu só não consigo gente que diz que não quer parto normal "pra não sentir dor". No primeiro dia do pós-parto, eu quase jurei que Alice ia ser filha única, hehehe.

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