sexta-feira, 22 de abril de 2005

Confissão

Tenho querido escrever mais sobre mim aqui. Sobre meus sentimentos. Mas isso é muito público e não tô querendo me expor tanto... Minha vida sempre foi um diário aberto e talvez em algum momento isso tenha me prejudicado, mas isso não tem nada a ver com o que eu vou falar, digo, escrever.
Essa semana falei com duas pessoas do meu passado não tão remoto assim. Ambas muito importantes, mas provocaram repercussões diversas agora. Engraçado como a voz é um elemento sedutor (ou não) numa pessoa!!! (Minha chefe sempre disse que o maior charme do meu anmorado era a voz - ela tem um pouco de razão...).
Voltando a vaca fria, um desses "encontros" foi menos perturbador do que eu esperava, mas me fez me sentir um pouco Nicolas Cage naquele filme "Um Homem de Família". Em homenagem a essa pessoa uns versinhos tristes que me escaparam em julho de 2000:

Corte

Tamanha doçura num beijo
Teu jamais esperei
Encanto em olhares e risos
Só felicidade me tornei

Sem planos pro futuro
Com esperança te esperei
Sorrir teus olhos todos os dias
Sem querer me apaixonei

O carinho transformado
Míngua os sonhos que sonhei
A aspereza das palavras
É o rascunho do que idealizei

O cuidado não apaga
Ainda as lágrimas que chorei
Apesar das mãos unidas
No teu gesto me cortei


PS: Ler o flog de Ciro tem me estimulado a divulgar essas minhas "pérolas".

Um comentário:

  1. Paloma,
    Obrigado pela referência...O engraçado é que o tema do seu poema é o mesmo que frequentemente me inspira a escrever...as dores de amor.... A maioria do que estou postando em meu flog é de poemas antigos, que refletem bem o quanto eu já sofri por amor. Mas me indago: teria a poesia "alegre" a mesma carga de emoção e a mesma beleza? Risos..Duvido!
    E viva os românticos byronianos, incuráveis, sonhadores e tristonhos!

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