segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Acabei de receber a noticia de que meu avô morreu. Era o pai de meu pai. Eu nunca tive muita ligação com ele – não era um homem afável, ao contrário, rude até. Foi um grande fazendeiro de cacau tipo aquele que Antonio Fagundes interpretou numa novela.
Fazia uns 3 ou 4 anos que não o via, a última vez que estive lá foi quando meu tio estava doente. Ele já não enxergava direito, mas fiquei feliz de encontrá-lo com uma mulher que cuidava dele com muito carinho e até me deu uma pequena tia...
Nesta última semana meu avô me ligou várias vezes, talvez até por isso eu esteja tão mexida. Coitado, queria que eu lhe comprasse um remédio e um terço de nossa senhora desatadora dos nós, tinha muita esperança de melhorar sua saúde...
Já nesse final de vida, especialmente nessas últimas conversas, consegui enxergar meu avô mais humano, consciente de suas fraquezas e suas falhas. É por isso que estou tão triste agora...
Além do mais, a sensação que dá é que minha família paterna tá acabando: primeiro minha vó, depois meu pai, meu tio e agora meu avô, isso é muito triste... Pra completar, estou agora sozinha e não tenho com quem dividir essa tristeza.

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